MY LIFE (ALMOST)
PERFECT
[MINHA VIDA (QUASE)
PERFEITA]
INTRODUÇÃO
- O NASCIMENTO
Vocês
embarcam na história onde eu imagino que tudo aconteceu... Besteira! Começo por
aqui só para confundi-los, ou para mostrar o quanto feliz eu estava nesta
época, ou para que eu possa usar este momento lindo, de realização total da
minha vida como desculpa no futuro... Sei lá...
Bom,
estou na sala de parto com fortes dores, óbvio, onde meu sonho de ser mãe se
torna realidade.
Doutor
Fergunson pede que eu empurre com toda a força, enquanto eu seguro firme a mão
do meu maravilhoso esposo: Marcus.
-
Vamos lá, meu amor, um empurrão bem forte e
a Charlie estará com a gente, querida! - dizia
ele totalmente animado e tentando me motivar a continuar.
-
Meu Deus! Dói muito! Eu não consigo,
querido! Eu não consigo!!! - dizia eu
totalmente desesperada.
-
Vamos Katharine, um grande e terminamos - essas foram as palavras do Dr. Fergunson, um
senhor de cabelos grisalhos, muito charmoso e atencioso com as pacientes. Prometeu-me
ajudar com o nascimento de Charlotte.
Empurrei
com todo resto de força que me restara, e de repente eu pude ver o rosto de Marcus
ficar pálido e perplexo do que via.
-
O que aconteceu? Marcus? Olha para mim, o
que está acontecendo? - perguntei
freneticamente. Pelo seu semblante algo não estava bem.
-
Ela é linda! Ela é incrivelmente perfeita!
- disse ele chorando e me dando um beijo
na testa.
Enfim
ela chorou e o Dr. Fergunson a trouxe perto de mim antes de á levarem para o
berçário. Lá estava minha menina nascida com três quilos e duzentas gramas e
com trinta e nove centímetros, realmente Charlotte era a criança mais linda que
já tinha visto em toda minha vida. Tinha os cabelinhos totalmente preto e
apesar de toda aquela “meleca” que os bebês tem quando nascem, o cabelo era
arrepiadinho, pele bem branquinha, ela abriu os olhinhos ainda inchados quando
se aproximou de mim, pude ver que seus olhos eram azuis, como os meus...
Chorei!
Eles
a levaram e fizeram algumas coisas comigo, tipo, tirar placentas, alguns
pontos, essas coisas que eu nem prestei a atenção, eu só conseguia ver o
rostinho lindo de minha filha e a felicidade que saltava em meu peito.
Se
passado uns três dias, eu e Charlie estávamos de alta, e prontas para irmos
para casa, Marcus veio com uma câmera fotográfica e tirava foto de nós quase
que todo o tempo, quando enfim nos escoltou entre os corredores do hospital até
o carro. Todos nos cumprimentavam, as enfermeiras nos davam tchau com lágrimas
nos olhos, minha Charlie tinha feito sucesso.
Ao
chegar em casa eu mal pude acreditar, respirei fundo e senti o maravilhoso
cheiro do meu lar, aquele cheiro de hospital me incomodava. Marcus colocou o
“Moisés” com a Charlie em cima da mesa, me pegou no colo, subiu as escadas e me
levou para nosso quarto, voltou a sala e retornou ao quarto com Charlie no
colo.
-
Bem “papai”, conheça o quarto do papai e da
mamãe, veja aqui é o banheiro, este nosso closet, aqui a penteadeira onde sua
mamãe parece uma estrela do cinema se arrumando enquanto papai espera
pacientemente lá embaixo na sala, aqui a TV onde papai e mamãe às vezes
assistem á alguns programas interessantes e alguns filmes que eu espero que
você só assista quando estiver com 20 anos. - dizia ele para Charlie que dormia serenamente em seu colo enquanto ele
apresentava nosso quarto para ela.
-
Hey, já chega, você já fez seu tour com ela
aqui no quarto agora dê-me ela aqui, está na hora do mamar... - disse quase sussurrando pois estava morta de
cansada e não via a hora de relaxar e dormir na minha cama.
-
Oba, hora de sugar o peito da mamãe, sabe
Charlie, se você fosse um garoto eu diria que você começou bem... sua mãe tem
os seios mais lindos que já vi. - brincava
Marcus.
-
Marcus! - disse envergonhada e surpresa com o comentário.
Charlie
mamou e Marcus a colocou no berço provisório ao lado da nossa cama. Li em
alguns livros que nos primeiros dias de vida, os bebês podem se engasgar
facilmente devido ao refluxo, então Charlie ficara no nosso quarto pelo menos
no primeiro mês.
Conversamos
um pouco. Marcus não cansava de me agradecer por fazer dele o homem mais feliz
do mundo, eu retribuía tais comentários com muitos beijinhos. Enfim adormecemos.
CAPITULO
1 - O FUTURO QUE Á DE VIR
Algum
tempo depois, Charlie já com dois meses e continuava sendo o ser mais
encantador, com bochechinhas rosadas e tudo, eu estava tentando dar-lhe de
mamar, na cadeira de balanço em seu quarto que era um mesclado de branco e rosa,
tudo bem sutil e sofisticado, mas ainda assim super fofo.
-
Vamos Charlie, pegue logo o peito da mamãe,
ainda dói muito e está cheio de leite filha... É seu trabalho meu anjinho, me
ajude aqui! - pedia eu desesperadamente
para uma bebê que estava inquieta, chorosa e se recusava a mamar.
Enfim
ela pegou o peito e mamava ferozmente, estava faminta, por isso a inquietação.
Enquanto ela mamava meus seios doíam, ardiam, o que era normal, estavam cheios
e vazavam constantemente, Charlie mamava nos horários corretos, sem pular
nenhum, e ainda assim meus seios pareciam que iam explodir.
-
Ai, ai, ai, oh meu amor, não se preocupe,
mamãe vai ficar bem, eu acho... Continue fazendo seu grande trabalho! Ai... - dizia eu enquanto massageava meu seio quase
afogando Charlie com os jatos de leite.
-
Hum, hey querida, hey pequena do papai...
Cheguei numa boa hora hein? Tudo bem querida? - sussurrava Marcus ainda de paletó e gravata e com a maleta na mão, me
beijando a testa.
-
Hey querido, tudo ótimo, fora meus seios
que ainda me matam... Como foi seu dia? - dizia
eu tentando desviar meus pensamentos das minhas dores.
-
Tudo normal, mesma rotina, alguns incêndios
que eu apaguei com sucesso... Okay, combinemos o seguinte, vou tomar um banho,
quando voltar converso um pouco com minha pequena até ela dormir e conversamos
no jantar... pode ser? - sugeriu ele para
mim.
-
Claro! Tome seu banho... É o tempo que essa
mocinha aqui termina de papar... - disse
eu num ar melancólico após tal sugestão.
Ele
foi e logo retornou, eu estava colocando Charlie para arrotar. Ele ficou nos
admirando na porta, enquanto eu a balançava e cantava “God Only Knows” do Beach
Boys, ela sorria para mim e de repente eis o esperado arroto.
-
Okay mamãe, esse é o sinal de que chegou
meu turno. Dê-me ela... - pediu ele.
-
Ótimo, vou deixá-los a sós para que possam
conversar, vou tomar um banho e nos vemos na cozinha senhor Big Papa.
-
Estarei lá Big Mama!
Deixei-os
sozinho, porém fiquei próximo a porta ouvindo o que ele dizia:
-
Hey minha pequena Charlotte, é o papai,
como vai, minha linda? Crescendo forte e saudável né? Ouça, não quero que você
cresça convencida, mas você é a criança mais linda de toda a face da terra, é
sim... Você puxou a mamãe, sabia? Os olhos azuis que me trarão problemas quando
eu negar algo a você... O nariz afilado e os lábios grandes, carnudos e rosados
de sua mãe, bochechas rosadas iguais as delas quando ela está trabalhando e é
claro a pele branquinha como a neve que só vocês têm... Sabe, não conte para
ela, mas seu cabelo é igual ao do papai... Não quero que esconda nada dela,
você terá muita coisa para falar, sabe, os papos de meninas: TPM, menstruação,
garotos... Oh meu Deus, garotos... E sexo, assunto esse que espero que demore
muito para ser abordado, enfim, quando ela falar que seu cabelo é igual ao
dela, apenas sorria ok? Não quero que minta, nem para ela e nem para mim, saiba
que seja o pior dos problemas o papai e a mamãe estarão aqui para proteger
você... Por isso não minta, apenas sorria para ela tá bom? Mas seus cabelos são
iguais os do papai! Oh minha pequena, vamos mimi?
Depois de todo esse discurso ele
cantarolava a mesma música que eu cantara para ela... De algum modo aquilo me
tocou, ele conseguia nos imaginar no futuro, conseguia fazer daquelas situações
que seriam difíceis de enfrentá-las de uma coisa boa, afinal eram mudanças que
fariam parte da nossa vida...
Fui para o banho, sentei-me na banheira e
enquanto ensaboava meus braços eu pensava “Como cheguei até ali?”, “Eu era
merecedora de toda aquela felicidade?”, “Era realmente o que eu queria? Afinal
me casei com meu primeiro e único namorado”, “Terei eu capacidade de guiar
Charlie para uma felicidade igual?”, “O que era todos esses pensamentos? Apenas
melancolia do fato de eu ser uma mamãe recente?”... Várias perguntas se
formavam em minha cabeça, algumas eu me esforcei para ter as respostas, em
vão... Eu não tinha as respostas para nenhuma daquelas perguntas... Comecei a
chorar, chorava porque não era capaz de sonhar e imaginar o futuro, o futuro
que eu escrevia na página da minha vida todos os dias de forma qualquer, sem
pensar, apenas agindo... Nem percebi que Marcus entrara no banheiro.
-
Meu amor está tudo bem? O que aconteceu? - perguntou preocupado.
-
Eu... Eu... Eu ouvi você conversando com a
Charlie... - essas foram as poucas
palavras que consegui falar antes de desabar num choro maior.
-
Oh querida, venha aqui... Eu te amo
tanto... Você e Charlie são tudo para mim e eu quero dar o melhor para vocês...
Eu Te Amo Sra. Katharine London Morris... - dizia
ele enquanto me abraçava firmemente.
Saí
do banho, troquei-me e fui para a cozinha, Marcus me ajudava com a janta, não
trocávamos nenhuma palavra, jantamos, dei uma olhada em Charlie que dormia como
anjo em seu berço, fui para o quarto. Deitamos um de frente para o outro ele me
olhava nos olhos, será que ele podia ver a tristeza e o medo que estavam se
formando em meus olhos? Ele me beijou, e me acariciava... Fazia tempo que não
fazíamos amor, a última vez foi quando eu completara oito meses de gravidez... Puxei-o
para bem próximo de mim, senti seu corpo quente e acolhedor, me deu certa
tranqüilidade e segurança, e de repente todos os meus medos sumiram, ele
delicadamente desabotoou minha blusa, acariciou meus seios, minha barriga,
colocou a mão por dentro do meu moletom e da minha calcinha, me acariciou a
pélvis, tremi e soltei um gemido... Aquilo me fez lembrar da época em que
éramos adolescentes e eu queria me manter virgem para o casamento, essa era uma
das maneiras que usávamos para satisfazer nossos desejos descontrolados por
causa da idade... O abracei e subi em cima dele, me esfregava nele, sexo com
sexo, me desejava como ninguém, ele me dominou e fizemos amor por vários
minutos e a cada ápice de gozo ele sussurrava que me amava, eu correspondia com
as mesmas palavras...
Logo
ele adormeceu e eu voltei a pensar em como tudo acontecera na minha vida... E é
para lá que vou guiá-los...
Continua...
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